Saúde da mulher: 45% da população feminina convive com varizes

SBACV-RJ explica como amenizar sintomas e a importância do tratamento

Apesar das mulheres cuidarem mais da sua saúde do que homens (só em 2017, segundo dados do Ministério da Saúde, a diferença entre quem se consultou mais com os médicos dá uma enorme vantagem para as mulheres: 80 milhões a mais), vale alertar sobre a importância dos cuidados que, normalmente, são deixados de lado por causa das muitas tarefas que a mulher assume no dia a dia.

Você sabia que as varizes, que causam inchaço e dores, são mais comuns entre as mulheres? Estatísticas da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV) indicam que 38% dos adultos convivem com as varizes e o número é ainda maior no público feminino, onde 45% apresentam a condição.
Afinal, por que as mulheres?

Segundo o médico angiologista João Sahagoff, presidente da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV-RJ) , as mulheres são normalmente mais acometidas pelas varizes que os homens devido ao estrogênio que altera as paredes das veias e afeta as válvulas responsáveis pelo controle da passagem do sangue dentro delas. Além disso, as mulheres usualmente já utilizam anticoncepcionais o que pode agravar aquelas que tem varizes e “vasinhos” (microvarizes ou telangiectasias) e também na gravidez elas vivenciam o pico desse hormônio.   

Importante dizer que as mulheres atuais trabalham bastante, consequentemente ficando longos períodos em pé e sentada e, ao chegar em casa, ainda enfrentam diversas tarefas domésticas que as obriga a continuar em pé propiciando varizes e edema (inchaço).

As varizes são veias superficiais dilatadas e tortuosas que se desenvolvem nos membros inferiores. O surgimento delas tem um fator hereditário importante, e a doença pode ser agravada por certos hábitos de vida como, por exemplo, o sedentarismo. Estudos nacionais mostram que elas surgem mais frequentemente a partir dos 30 anos e vão ficando mais comuns ao longo do envelhecimento. Com o fator do isolamento social, devido à pandemia de Covid-19, a falta de exercício e movimento do corpo causando obesidade são hábitos para ficar bastante atento!

Dicas para evitar que o problema se agrave:


Hidratação (beba bastante líquido) e faça caminhadas se possível com exposição ao sol;
Modere o consumo de sal e de alimentos gordurosos e salgados. Consuma saladas e alimentos ricos em fibras. Controle o seu peso e tenha hábitos saudáveis. Não fume! O cigarro é inimigo da circulação;

Os médicos alertam que a pessoa não deve ficar muito tempo em pé parada ou sentada com as pernas para baixo e que o uso de cintas abdominais apertadas também podem resultar em diminuição do retorno venoso e agravar as varizes. Prefira usar meias elásticas de média compressão, principalmente se for ficar muito tempo em pé;


Discuta com seu angiologista/ cirurgião vascular em acordo com o seu ginecologista se a injeção ou a pílula anticoncepcional é o melhor método contraceptivo, caso haja predisposição genética à insuficiência venosa. Para melhorar a circulação, deite com as pernas levantadas acima do nível do coração por 30 minutos, 3 vezes por dia ou coloque um calço em torno de 8 a 10 cm debaixo dos pés da cama;

Somente sob prescrição médica, faça uso dos medicamentos (flebotônicos) para controle das varizes;

Em viagens com mais de duas horas, pare, ande e movimente as pernas e os pés. No avião ou no ônibus, caminhe pelo corredor, movimente joelho, panturrilha, tornozelo e dedos dos pés, beba bastante água, evite roupas apertadas, evite ingerir bebida alcoólica, utilize meias elásticas (compressivas) e não cruze ou sente sobre as pernas.

Fonte: IG-Viva

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