Pela primeira vez, medicamento brasileiro é aprovado para tratamento nos EUA

Pela primeira vez, a Agência de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA, na sigla em inglês) concedeu o status de orphan drug, utilizado pelas autoridades sanitárias americanas para designar as drogas para o tratamento de doenças raras, que têm baixa frequência ou negligenciadas, para um medicamento desenvolvido inteiramente no Brasil.

O medicamento aprovado foi o imunomodulador P-MAPA, para o tratamento da esquistossomose. O P-MAPA é a sigla para anidrido polimérico de fosfolinoleato de magnésio e amônio e proteína, denominação química de um biopolímero produzido por fermentação pelo fungo Aspergillus oryzae.

De acordo com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o P-MAPA já foi amplamente testado como antiviral, anticancerígeno e imunoprotetor em diversas doenças, por exemplo, a tuberculose, apresentando eficácia significativa.

No entanto, a decisão do grupo de pesquisadores pernambucanos de testar a ação do medicamento também sobre Schistosoma mansoni, o agente causador da esquistossomose, mostrou-se uma escolha acertada, uma vez que o composto apresentou potente ação contra o verme. Como comprovado pelos dados da pesquisa que se encontram em via de publicação.

O tratamento medicamentoso para esquistossomose é feito pelo Praziquantel, droga utilizada desde de 1980. Entretanto, esse tratamento vem apresentando algumas limitações relacionadas aos indícios de existência de parasitos resistentes e baixa tolerabilidade, principalmente para crianças, como relatado na literatura.

No caso do P-MAPA, esse problema não acontece, uma vez que não é tóxica, mesmo em dosagens muito acima dos níveis recomendados. Embora rara nos EUA, no mundo a esquistossomose atinge cerca de 200 milhões de pessoas, 7 milhões apenas no Brasil.

Fonte: A Tarde

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