Risanquizumabe: Medicamento para psoríase é incorporado ao SUS

Aprovado há um ano pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para tratamento da psoríase no país, o risanquizumabe está agora disponível pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A incorporação foi publicada no Diário Oficial da União (D.O.U) no último dia 21, e o fármaco deve começar a ser disponibilizado em até 180 dias.

O medicamento injetável por via subcutânea é indicado para adultos com placas moderada a graves. Seu principal diferencial é o fato de não precisar ser aplicado várias vezes por semana ou mês: a segunda dose deve ser feita quatro semanas após a primeira, e as outras apenas de três em três meses.

Psoríase

A psoríase é uma doença crônica sistêmica de pele, autoimune e não contagiosa, que pode acometer pessoas em qualquer idade e, até o momento, não há uma cura definitiva. As lesões são caracterizadas por placas avermelhadas ou róseas, recobertas por escamas esbranquiçadas, que geralmente acometem os joelhos, cotovelos, unhas, mãos, pés e couro cabeludo, mas podem atingir o corpo todo.

Estima-se que cerca de 3% da população mundial tenha a doença, ou seja, 125 milhões de pessoas em todo o mundo, sendo 5 milhões apenas no Brasil. O principal objetivo dos tratamentos atuais, que variam de medicamentos tópicos e sistêmicos até fototerapia, é promover um período prolongado de remissão.

Pacientes com psoríase têm mais chance de desenvolver artrite psoriática, diabetes, doença de Crohn, doenças cardiovasculares, obesidade e depressão.

Tratamentos disponíveis no SUS

No SUS, já estão disponíveis tratamentos com fototerapia e fototerapia com fotossensibilização, além de medicamentos como ciclosporina (cápsulas ou solução oral), metotrexato (comprimido ou injetável), acitretina (cápsulas), calcipotriol (pomada), clobetasol (creme) e dexametasona (creme).

A escolha do melhor tratamento deve ser feita individualmente, avaliando riscos e benefícios de acordo com cada caso.

Risanquizumabe

O medicamento, comercializado sob o nome Skyrizi® pela AbbVie, age bloqueando a proteína IL-23, que causa inflamação. Assim, o risanquizumabe reduz o processo inflamatório, melhorando as lesões e o aspecto da pele e das unhas, e também diminuindo os sintomas, como queimação, coceira, dor, vermelhidão e descamação.

Entre as reações mais comuns ao fármaco estão as infecções do trato respiratório superior, como sinusite, rinite, faringite, nasofaringite e tonsilite. Efeitos menos comuns são: micoses, foliculites, dores de cabeça, fadiga e reações no local da injeção.

Fonte: PEBMED

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